A VIDA É FEITA DE (DES)ENCONTROS
Já dizia o poeta que tudo que vem, vem com algum propósito. Assim como tudo que vai, vai por uma razão. E o que fica é essencial. Amor é coisa que se encontra por aí? Amor é coisa que vem, que vai, que fica? Se a vida é feita de encontros e desencontros, que tipo de coisas encontramos, então? Certa vez eu encontrei uma teoria. Um certo Capitão Rodrigo encontrou Bibiana. Um Pistoleiro no Mundo Médio encontrou Susan. Um hobbit encontrou um anel. Um estudante encontrou uma reprovação. Uma criança abandonada encontrou esperança. Uma ideia encontrou quem nela acreditasse. A vida, veja só, é feita de encontros. E desencontros. E confrontos.
Uma bailarina em pirouette, de repente, se viu Rainha
Como toda Rainha, precisava encontrar seu Rei
Mas o que é que encontramos pela vida? Encontramos pessoas, mas também encontramos coisas e lugares. Será que percebemos os encontros? Não, nem sempre. Uma pena, aliás. Fato é que a vida é feita de encontros, como várias vezes uma amiga me alertou. E estes encontros nos transformam, mesmo que não possamos perceber de imediato. Lembra do que disse o poeta? As coisas vêm, as coisas vão... mas alguma coisa fica. Como professor, tento estimular meus estudantes a refletir sobre o que estão fazendo com suas vidas para que se encontrem, para que encontrem seu lugar no mundo. Eu só não sei se existe esse lugar.
Logo os súditos se apressaram em se apresentar
E Rainha Bailarina os encontrou
Quando duas pessoas se encontram dali saem transformados. As pessoas vêm e vão. O que importa é o que fica. Talvez nenhum dos dois perceba, nem quem veio e nem quem foi. A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê, como diz o ditado. Fato é que quando uma pessoa encontra algo, ela leva parte deste algo com ela. Criamos bagagem, criamos referência. Vamos encontrados peças do quebra-cabeça que nos forma. Encontros são feitos de trocas.
Ela encontrou bocas
Ela encontrou corpos
Ela encontrou corações
Você já se encontrou? Se você pudesse encontrar a você mesmo para tomar um café, o que conversariam, você e você mesmo? Te pergunto isso porque tem gente que nunca se encontrou, nem na vida, nem na ida e nem na vinda. Vejo encontros que viram confrontos. E há quem não se encontra mas se confronta. A vida é feita de encontros que promovem trocas. Parece que a graça da vida está justamente aí – quem sabe até o sentido? Talvez a vida seja só isso, uma série de encontros nossos com pessoas, medos, ideias, lugares, sonhos e acontecimentos. A vida que levamos é o tanto que trocamos nestes encontros. A vida pode ser só o resultado desses encontros. De cada um desses encontros vamos tirando alguma coisa, agregando mais a nós mesmos. E, quem sabe, num desses encontros, vai que você se encontra? Afinal, lembre-se do que disse o poeta Caio Fernando Abreu - Tudo que vem, vem com algum propósito. Assim como tudo que vai, vai por uma razão. E o que fica é essencial.
Mas, no fim, não encontrou seu Rei
A Rainha Bailarina encontrou a si mesmo
E isso bastou
Este texto foi originalmente publicado por mim no site A QUINTA DIMENSÃO. Esta é uma versão revisada do texto original.
Uma bailarina em pirouette, de repente, se viu Rainha
Como toda Rainha, precisava encontrar seu Rei
Mas o que é que encontramos pela vida? Encontramos pessoas, mas também encontramos coisas e lugares. Será que percebemos os encontros? Não, nem sempre. Uma pena, aliás. Fato é que a vida é feita de encontros, como várias vezes uma amiga me alertou. E estes encontros nos transformam, mesmo que não possamos perceber de imediato. Lembra do que disse o poeta? As coisas vêm, as coisas vão... mas alguma coisa fica. Como professor, tento estimular meus estudantes a refletir sobre o que estão fazendo com suas vidas para que se encontrem, para que encontrem seu lugar no mundo. Eu só não sei se existe esse lugar.
Logo os súditos se apressaram em se apresentar
E Rainha Bailarina os encontrou
Quando duas pessoas se encontram dali saem transformados. As pessoas vêm e vão. O que importa é o que fica. Talvez nenhum dos dois perceba, nem quem veio e nem quem foi. A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê, como diz o ditado. Fato é que quando uma pessoa encontra algo, ela leva parte deste algo com ela. Criamos bagagem, criamos referência. Vamos encontrados peças do quebra-cabeça que nos forma. Encontros são feitos de trocas.
Ela encontrou bocas
Ela encontrou corpos
Ela encontrou corações
Você já se encontrou? Se você pudesse encontrar a você mesmo para tomar um café, o que conversariam, você e você mesmo? Te pergunto isso porque tem gente que nunca se encontrou, nem na vida, nem na ida e nem na vinda. Vejo encontros que viram confrontos. E há quem não se encontra mas se confronta. A vida é feita de encontros que promovem trocas. Parece que a graça da vida está justamente aí – quem sabe até o sentido? Talvez a vida seja só isso, uma série de encontros nossos com pessoas, medos, ideias, lugares, sonhos e acontecimentos. A vida que levamos é o tanto que trocamos nestes encontros. A vida pode ser só o resultado desses encontros. De cada um desses encontros vamos tirando alguma coisa, agregando mais a nós mesmos. E, quem sabe, num desses encontros, vai que você se encontra? Afinal, lembre-se do que disse o poeta Caio Fernando Abreu - Tudo que vem, vem com algum propósito. Assim como tudo que vai, vai por uma razão. E o que fica é essencial.
Mas, no fim, não encontrou seu Rei
A Rainha Bailarina encontrou a si mesmo
E isso bastou
Este texto foi originalmente publicado por mim no site A QUINTA DIMENSÃO. Esta é uma versão revisada do texto original.
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